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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Saídas

Não fui feita para jogos amorosos.

Destes que desestabilizam a gente
Esfriam o estômago
E bambeiam as pernas

Não fui feita pra brincar de amor
Pra passar noites em claro
Planejando sozinha
O futuro a dois

Escrever e apagar
Mensagens de texto
Tecer cartas à rima
Pra guardar no fundo da gaveta

Não fui feita pra esses enlaces românticos
De parar de pensar em tudo
E pensar em uma coisa só
Até o corpo não aguentar mais
E a lagrima começar a cair
Até a garganta não suportar o nó

E gritar

Tentar traduzir
Sentimento tão nobre
Confuso
E louco

Não fui feita pra planejar casamentos
E futuro conjunto
Esperar o para sempre
E vendo quão devaneio
Essa ideia lhe parece
Embriagar-se mais uma vez

Não de amor.

Por hora ,
Destilados
Que anuviam a mente
Apaziguam os pesares

Outras drogas quaisquer
Licitas ou não

Embriagar-se de amor fútil
De prazer onde eu couber
Ou de fingir prazer
Com amante qualquer

Ressacar-se por dentro e por fora
Em todos os dias porvir
De culpa
Sem ter porquê

Não fui feita pro amor e suas drogas
Mas ironia do destino
Sinto tanto amor

Que mal caibo dentro de mim.


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