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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Credibilidade.
Lembra-se desta palavra?
Fui duramente censurada ao mencionar
A ausência dela quando se trata de você.
Voltamos nela novamente
Como temos voltado em tantas outras coisas
Nosso ciclo infinito
De culpas, desculpas,
Promessas e pesares.
Mas esse ciclo precisava acabar
Para que possamos ver outros horizontes
Outros motivos
Outros olhos
Cansei de enjoos estomacais matinais
Cansei de perseguições internas que não me deixam dormir
Deito hoje a cabeça no travesseiro
Em paz
Dei um basta
 Nas certezas
Que só duram uma semana.



sábado, 1 de junho de 2013

Arrancar do Coração


Eu costumava não me importar.
Sempre foi assim

Arrancava do meu álbum
 Da minha vida
Agenda
 E coração

De forma rápida, prática
E quase sem dor
Não me restavam marcas,
E arrisco dizer,
Nem mesmo memórias.

Alguns minutos apenas
Eram mais que suficientes
Pra arrancar as páginas escritas
E começar as novas
Com vigor e empolgação
Frescor e magia

Mas de uns tempos pra cá
Não sei se é a idade
O caráter
Ou coração,
Tem sido um pouco mais penoso.

Talvez essas tais folhas
Não tenham sido arrancadas
Como antes eu pensava
E sim apagadas
Junto com cada história finda

E o papel  já não responde a borracha
Com a mesma aderência
As vezes chega mesmo a rasgar
A folha,
Ou o coração.

E ficam essas marcas
Doloridas
Dolorosas.
Por dias,
Meses ou anos

As páginas vão ficando bagunçadas
E nem eu consigo entender
Meus escritos e anotações
Meus sentimentos.

São fotografias velhas
Escritos dedicados,
A ele, ou ela
Que estão bem ali
No passado

Está tudo cheio
Confuso e pesado
E ainda assim
Não tenho mais coragem
De tirar do álbum
Da agenda
E nem do coração.

E mesmo tirar da vida
Tem sido um custo

Eu nunca sei, se funcionou ou não.