São tempos de guerra.
Por fora e por dentro
Por fora a revolução
O desejo de mudar o mundo
A esperança
A vontade de gritar até a garganta doer
Não nos submeteremos
Somos maiores
Somos mais fortes
Somos um só
Por fora as balas de borracha
A truculência
Os jogos de poder
A ignorância
A tv.
São tempos de socos no estômago
Algumas vezes por dia
Diante da barbárie
Que por tanto tempo
abstraímos
Por conforto, confesso.
Tempos de guerras diversas
Guerras internas
De consciência
De sentimentos
De confusão
Guerras dentro de nós
Que não entendemos nada de sentimento
Só sabemos que sentimos
E sentimos muito.
São tempos de guerra
De socos e vespas no estômago.
Nenhum comentário:
Postar um comentário